Fimose

Fimose é a dificuldade ou impossibilidade de expor adequadamente a glande — a cabeça do pênis — devido ao excesso de pele (prepúcio) que cobre a região. Praticamente todos os meninos nascem com a condição, porém, na maioria deles, a fimose desaparece com o tempo. Ao fim do primeiro ano de vida, 50% das crianças conseguirão expor o prepúcio. Essa taxa sobe para 89% ao final de 3 anos. Incidência de fimose é da ordem de 8% em crianças de 6-8 anos, e cerca de 1% em pacientes de 16-18 anos. A fimose patológica, por sua vez, é um problema médico encontrado em crianças e adultos e se caracteriza por um prepúcio não retrátil, com ou sem aderência ou anel fibroso na extremidade do mesmo. A fimose patológica pode surgir por não liberação natural dessas aderências, por infecções locais de repetição (balanopostites) ou por trauma local, através de tentativas forçadas de retração. A retração manual forçada não é encorajada pelo risco de cicatriz. Os cremes e pomadas a base de corticóides se mostraram com taxa de sucesso > 80%. Apesar do temido efeito colateral pelo uso de corticóides, quando administrados dessa forma para o tratamento da fimose, não acarretam efeitos colaterais por não alcançarem níveis séricos suficientes para tal.

Quando o quadro não se resolve com o tratamento conservador, a cirurgia está indicada. Não existe um consenso sobre qual a melhor idade para a cirurgia, mas assume-se que deva ser realizada, quando indicada, geralmente após os 5 anos. Pacientes com infecção (e anormalidades do trato genitourinário), balanopostite de repetição, disfunção vesicoesfincteriana são candidatos ao tratamento operatório, devendo ser avaliados por um urologista.

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