O câncer de próstata é o segundo câncer mais diagnosticado em homens no Brasil, perdendo apenas para o câncer de pele. Tem prevalência estimada de 59% em maiores de 79 anos. Felizmente, seu crescimento é lento e o tratamento é curativo quando diagnosticado precocemente.
O câncer de próstata não apresenta sintomas em fases iniciais e por isso, é recomendado o rastreamento individualizado através de visitas anuais ao Urologista a partir de 40 anos. O rastreamento é feito através da realização do toque retal e da aferição do PSA (antígeno prostático específico – uma glicoproteína secretada pela próstata e passível de medida no sangue), resultando em diagnósticos precoces e maiores chances de cura do câncer.
Os sintomas podem se manifestar quando ocorre o crescimento acentuado da glândula e no estágio mais avançado do câncer pode haver dor óssea e sintomas urinários, como redução do jato, sensação de esvaziamento incompleto, urgência miccional e aumento das micções durante a noite.
O diagnóstico é feito por meio da biópsia da próstata guiada por ultrassonografia transrretal, preferencialmente com sedação. Em caso de positividade, os exames de estadiamento devem ser realizados para se propor o melhor tratamento.
A terapêutica do câncer de próstata é extremamente complexa, incluindo procedimentos cirúrgicos, radioterápicos, bloqueio hormonal e imunoterapia. Em relação a cirurgia, a prostatectomia aberta é uma opção, entretanto a cirurgia robótica tem ganhado cada vez mais espaço, em virtude da precisão cirúrgica, dos resultados apresentados e da boa recuperação pós operatória.
Além disso, o tratamento deve ser feito em conjunto com o oncologista clínico, fisioterapeuta e radiologista, ou seja, uma equipe multiprofissional para fornecer o melhor tratamento, direcionado para cada caso.