A bexiga hipoativa é popularmente conhecida por “ bexiga preguiçosa”, que é definida pela presença de contração de força reduzida da bexiga, resultando em um tempo prolongado para urinar e/ou incapacidade de esvaziar completamente o trato urinário.
Tem prevalência estimada de 48% dos homens maiores de 70 anos e até 45% das mulheres idosas.
A causa é multifatorial, mas acredita-se que seja atribuída ao envelhecimento e a comorbidades inerentes a idade. Pode ocorrer também pelo uso de alguns medicamentos, após cirurgias pélvicas (por acometimento dos nervos que enviam os estímulos a bexiga) ou mesmo por causas indeterminadas.
Os sintomas se confundem com aqueles secundários a obstrução do trato urinário pela próstata, por exemplo, incluindo jato fraco, entrecortado, sensação de esvaziamento incompleto, necessidade de esforço para urinar, micções frequentes no período noturno, entre outros.
O diagnóstico dessa condição é feito por meio do estudo urodinâmico, estudo esse feito por um urologista urodinamicista, através da introdução de um cateter na bexiga (pela uretra) e um cateter no reto. O objetivo é aferir a pressão vesical e a pressão abdominal, avaliando o comportamento da bexiga tanto na fase de enchimento quanto na fase de esvaziamento, refletindo o que acontece no cotidiano do paciente.
A Bexiga Hipoativa é uma doença em frequente estudo, com tratamento complexo e que, se não tratada, pode trazer complicações e prejuízo da qualidade de vida do paciente.