Os cálculos renais ou mais popularmente conhecidos como “Pedras nos rins” são bastante prevalentes na população, acometendo até 13% da população segundo dados norte americanos. Tem discreto predomínio nos homens, com faixa etária de 40 a 60 anos.
A cristalização de sais minerais presentes na urina dá origem ao cálculo renal, sendo afetado por fatores dietéticos, principalmente a baixa ingesta de água, consumo elevado de comidas com sal e proteínas.
Existem diversos tipos de cálculos, no que diz respeito à sua composição, sendo que o destaque fica para os cálculos de oxalato de cálcio por sua maior prevalência, embora existam cálculos relacionados a infecção, doenças metabólicas, anormalidades anatômicas, doenças genéticas.
O quadro clínico é bastante variado, incluindo dor em cólica na região lombar que não muda com a posição, acompanhado de náuseas e vômitos, dor abdominal na região inferior, sangue na urina e vontade de urinar com maior frequência. Esses sintomas ocorrem principalmente quando a pedra apresenta alguma característica de obstrução do sistema urinário. Ocasionalmente, o cálculo é assintomático e dependendo do tamanho, da composição e da localização, pode ser acompanhado clinicamente.
O diagnóstico é feito por meio de exames de imagem, sendo a tomografia computadorizada com melhor acurácia.
Pedras pequenas podem ser acompanhadas em relação a seu crescimento e sintomas associados, não sendo obrigatória a cirurgia para retirada delas. Já cálculos maiores podem requerer tratamento cirurgico, sendo que o método a ser realizado depende do tamanho do cálculo, da composição, da posição e do próprio paciente. Esses tratamentos incluem a litotripsia extracorpórea (LECO), ureterorrenolitotripsia flexível e a nefrolitotripsia percurtânea. Cirurgias abertas ou mesmo assistidas por laparoscopia são raras nos dias de hoje.
No seguimento desses paciente é importante que a causa da formação dos cálculos seja investigada e, nessa fase, o Urologista também é muito importante, atuando na prevenção secundária.
